LEMBRANÇAS.
Milton Jorge da Silva.
Deodápolis-MS, Brasil.
Ainda trago no peito
Lembranças de um amor.
A dor que nem dói direito
É tempo que nunca passou.
Ainda trago na alma
O sonho que não vingou.
Açoite que as vezes acalma
Na lágrima que não rolou.
Ainda trago na memória
O verso que não rimou.
Nas palavras sem história
Que a rima não desenhou.
Ainda trago no coração
A vontade de viver.
No pulsar da emoção
No querer que é poder.
Ainda trago na mente
Traços de rara razão.
Ao perceber que se sente
Corpo alma e coração.